(O Desenho é de Adolpho J. Machado, escritor do Recanto)
A noite de meu ser. Silêncio que aquieta a alma Que inebria e aquece Que traduz a calma Que embriaga e enfraquece. Solidão que traz silêncio, Traz a paz, desvenda segredos Entontece e esmaga Fere o ventre e nos dá medo Amor de coração vibrante Luzes cintilantes cruzam o tempo Cantado ... desvelado Corre feito luz, enlouquece como o vento.. Amor profundo, profano Daqueles que te dá vontade de esquecer, Mas te acorda no meio da noite Te desperta e te estonteia, conseguindo te deter. No claustro embevecido de meus sonhos Reconheço a timidez e a pequenez de meus versos descontentes Como um canto desvairado de soluço delirante Que repousa em meu pensamento apertado por correntes. Paro, penso, vejo sob minhas mãos claras Os versos tristes que estou a criar Sensações que deverão chegar Que me farão rir ou chorar... Que darão conta da poesia nova Dos versos vindos de um canto do coração Que trazem o conceito de minh'alma Que traduz minha emoção. Paradigma eloqüente Fiz eu neste momento Em que me encontro assaz impotente Escondendo-me do que faz dor e sofrimento. Acordada agora estou Infeliz pelo realce da melancolia Que me assombra o espírito cansado Que me irrequieta e me inebria Volto aos panos Aos travesseiros, enfim Àqueles que me escutam e me aconchegam E estão sempre perto de mim Rolo de um lado para o outro Não consigo encontrar o meu eu Perdido no vazio deste quarto Tentando achar os braços de Morfeu Das fontes do desejo Do amor como um lindo véu Daqueles que são trazidos Pelos anjos lá do céu... Me encobre e me agiganta Me encoraja e me amansa Me esquenta e me balança Me traduz e me faz criança Sonhos, onde estão vocês? Escondendo-se... por que? Já não basta meu soluço, meu pranto? Voltem e me ajudem a crescer... - MEG - (Amália Klopper) MEG KLOPPER
Enviado por MEG KLOPPER em 12/11/2005
Alterado em 18/01/2006 Áudios Relacionados:
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