VIDA... A BELA ARTE -
(Lembrando Vincent Van Gogh)
“O homem é só um hóspede na terra; sua vida, uma viagem limitada pelas tormentas" - Van Gogh -
Em lágrimas de emoção vejo
e reflito as imagens
naquele retrato que você projetou e pintou.
São imagens que vagam por sua mente contente
livre e sensível, por saber rabiscar sonhos e
matizes infindas que seu cérebro fotografou.
Sois artista! Faz arte e povoa o mundo com obras imortais.
Nós não entendemos, mas você criava enquanto pensava.
Tens muito a nos dizer, eu sei...Claro que sim!
São tons alaranjados, róseos, encantados, amores seus
que deslizam sob o pincel carregado do óleo colorido...
Ciprestes exóticas, de sementes aromáticas, aladas
Árvores ornamentais, de cor vermelho-clara
ou castanho-avermelhada... Nós não entendemos, mas você criava enquanto pensava.
Repleto de encantos, você pintava de avental e gorro.
Vestes humildes de alguém que era pura luminosidade.
Pára para pensar e com as mãos, suja o rosto,
marcando-o de amarelo, vermelho, preto ou de roxo.
Misturando o verde com o amarelo tens a cor azul.
Faz pontos no céu da tela e surge o Cruzeiro do Sul.
Nós não entendemos, mas você criava enquanto pensava.
Artista divinal, paisagens nos traz
de sua alma pueril.
Nunca vi nada igual! Você é sinônimo de campo, do milho que balança dourado;
Das folhas verdes e esvoaçantes que sujam e adornam todo
o espaço de terra daquele
empoeirado quintal.
Cães farejam o alimento, crianças brincam ao relento;
Velhos em suas cadeiras, balançam pensando na vida,
naquilo que já fizeram e o
que falta fazer até aquele momento...
Nós não entendemos, mas você criava enquanto pensava.
Mas você não perde nenhuma emoção, nenhuma atração;
De muitas vidas, de muita gente, de pessoas descontentes;
Você vive a carimbar em suas telas a sua impressão das amantes avassaladoras, moçoilas ou musas atraentes.
Enquanto isso, artista, você pinta, produz, introduz cor
formando horizontes que entramos e quase não saímos. Nós não entendemos, mas você criava enquanto pensava. Parados, acenamos e, absortos, ficamos imaginando...
Como o horizonte foi parar ali, naquele lugar?
Nada entendemos,
somos expectadores seus.
Você era poeta das cores, arquiteto condoreiro, criador...
Usava tema real ou imaginário, expressando a forma que vinha do seu espírito, sabor do teu corpo, seu valor.
Nós não entendemos, mas você criava enquanto pensava.
Desenha o céu com estrelas iluminadas, flamejadas por clarões que jorram
gotas prateadas e banham a terra.
Telas que você carregava para lá e para cá
registrando o tempo;
Criando imagens e borrões mal entendidos,
às vezes esquecidos em porões empoeirados,
até que alguém atraído por sua energia,
Encontrasse a sua tela e a dependurasse num canto, resgatando a fantasia de um dia. Nós não entendemos, mas você criava enquanto pensava.
Com o brilho de teus sóis
E o encanto de seus dons,
pintastes os girassóis!
Marca de sua vida,
do jeitinho que você os viu;
Da maneira que você pensou,
entregou à humanidade a sua parte mais senil...
Sua liberdade, sua arte, o seu estilo verdadeiro.
Não importa quem não celebre sua ignomínia, seu talento!
Com tendência impressionista
e aspirações modernistas,
em vida, fora desprezado.
Deficiente, com problema mental,
continuou seu trabalho fenomenal.
Mas seu estado piorou...
Aumentou sua depressão...
Com um tiro no peito despediu-se da vida dizendo para Theo, seu querido irmão: “A tristeza durará para sempre” Nós não entendemos, mas você criou uma linda obra,
uma bela obra de arte.
“NATAL, UM MAR DE POESIA E PAZ” ENCONTRO MUNDIAL DE POETAS
DEL MUNDO, DE 23 A 31/05/08 EM NATAL/RN. MEG KLOPPER
Enviado por MEG KLOPPER em 10/09/2007
Alterado em 01/10/2007 |