TRISTE SINA
Só estou com meus pensamentos Muitas vezes incompreendido Vagando sob meu silêncio febril A mercê do vil desconhecido Em braços que não me abraçam Meu apogeu está em meu bem querer Deixa-me absorta a contemplar você Penso que sei, mas me vem o engano Volto a juventude e penso que sabia Quando pensei que tudo soubesse... Ledo foi meu pensar, estive a me enganar Passei por dissabores, meros desencantos Entendi que a estrada pedregosa era tortuosa, Lancei meu olhar para meu eu e descobri Sei que nada sei...Chorei, sofri, penei Tal como Pablo Picasso que disse: "Hoje, aos oitenta anos, sei a metade das coisas que pensava saber, quando tinha dezoito". Plagiei Sócrates, mas imitei Platão. Conveci-me. Devemos ser mais firmes; Não deixar nosso coração doido, esmagado Ter a razão como primeira companheira, protegendo-nos do sofrer, marcas do passado. É...coração que devaneia, chora, te espera Você não me ouve, não me tem ou venera! Como vento outonal que me sopra em desatino Me vejo pairar vagarosamente a farejar-lhe o corpo Desdouro dos ais, açoites sofridos, meu destino, Triste sina. MEG KLOPPER
Enviado por MEG KLOPPER em 05/06/2009
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