- ALBATROZ - Ser Luz
Minh'alma vagueou pra te encontrar Para ver a luz do seu olhar... Te abraçar, te acariciar Te abrir, te fechar, te estontear E no silencio do teu sono te abraçar Tal e qual chuva miudinha a molhar Deixei minha lágrima pingar Correr pelo seu rosto, te afagar Minhas mãos intrépidas a te tocar Meu coração carente a te chamar Como albatroz, seguindo por além-mar Buscando no mesmo lugar, sem pestanejar Armadilhas do destino, assaz, cruel a castigar Arrebatada, mas crescendo a cada despertar Sempre atenta para não desanimar Os predadores ficam a espreitar Um desatino, uma virada, um cochilar O Albatroz não fecha os olhos para descansar Dorme de olhos abertos, resiste até a noite terminar Firme e forte, continua incólume a confiar É sentinela reverente, não se importa em se alimentar Não quer saber quãos perigos irá enfrentar Não procura presas fáceis nem deseja se abrigar Não quer lugar seguro para dormir, para deitar Não quer remédios para sua dor ou suas chagas curar Seus olhos petrificados ficam abertos a congelar A ferida que tem não está a se mostrar Ela dói, mas ele não deixa de sonhar Imagina o dia que ainda vai chegar Em que calmo e tranqüilo poderá voar Elevando-se alto para a paz conquistar Sua alma prisioneira de um corpo livre a louvar A imensidão do céu,do oceano, a preamar Pássaro solto, esperto, aconchego, lar É luz, é vida, é herói que sabe lutar Suas asas firmes encostam n'água a desafiar Sua sorte é não poder chorar A natureza não lhe deu lágrimas para derramar Dia após dia, lua após lua se mantém firme a procurar O que será que ele quer achar? Será determinação para continuar? Uma casa para morar? Quem cruze as suas águas e se afogue no seu mar? É isso que ele está há muito a esperar... Uma companhia para que possa conviver e amar Eu sou uma fêmea Albatroz a reinar Num mundo de sonhos, de arte, de amores a desfilar De luzes, de cores, querendo atravessar Em meu cadafalso interno nunca deixo de tentar A esperança que me move, me faz caminhar Sua imagem vem em meus sonhos passear O meu desejo utópico e idéias que rompem meu pensar E eu, desgarrada de toda sorte, ansiando avistar Que a luz de outros olhos venham me iluminar Como a dança das águas ao luar Refletindo um mundo de estrelas a brilhar Tremeluzindo na cadência das ondas, pra lá e pra cá Chegará o dia, afinal, e tudo vai se ajeitar E eu poderei em suas águas navegar Um lampejo, um sonho, um lindo despertar Continue à eternidade, Águia soberana, Águia do Mar! === MEG === (Amália Klopper) OBS.: Depois que conheci a história do Albatroz, comecei a pesquisar sobre a Ave e me deparei com um texto contido num blog. O mesmo foi ecrito po Léo (??), mas minha consciência diz que devo informar onde me inspirei para a criação desta poesia. Aqui está o endereço do blog. http://lehof.blog.uol.com.br/index.html. (Léo, não sei quem você é, mas te agradeço. Agradeço ainda pela explanação de uma linda e verdadeira história de amor). MEG KLOPPER
Enviado por MEG KLOPPER em 18/01/2006
Alterado em 18/08/2012 Copyright © 2006. Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor. Áudios Relacionados:
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