CIRANDA, CIRANDINHA, VAMOS TODOS CIRANDAR!
Data: 17/11/2006
Créditos:
Titulo:CIRANDA, CIRANDINHA, VAMOS TODOS CIRANDAR!
Autora do texto: MEG KLOPPER (Amália C. Klopper) Locutor/intérprete: MEG KLOPPER Nome do editor de som:SOUND FORD CIRANDA, CIRANDINHA, VAMOS TODOS CIRANDAR
"Ciranda, cirandinha / Vamos todos cirandar/ Vamos dar a meia volta / Volta e meia vamos dar"... Quando eu era criança Adorava te cantar Dizia: vamos brincar de ciranda? Armem a roda, vamos rodar "Terezinha de Jesus, foi a queda, foi ao chão / Acudiram tres cavalheiros/ Que a Tereza deu a mão/"... Eu menina, de cara sardenta, De saia rodada, pulava até cansar Fazia caretas, bobagens, gracejos E muitas piruetas até a noite chegar Atirei o pau no gato - to/ Mais o gato-to/ Não morreu, reu, reu/ Dona Chica-cá/ Admirou-se, se/ Do berro/ Do berro que o gato deu / Miaaaaauuuuuuuu Não podia brincar na rua Minha mãe não permitia Tinha que ser no quintal da vovó E em muito boa companhia Menino não entra na roda!! Corre pra lá, corre pra cá É a brincadeira do pique se esconde Conte até dez de olhos fechados E procure todos, mas eu não sei onde "Plantei um pé de alface/ A chuva quebrou o galho/ Rebola chuchú rebola/ rebola senão eu caio"... Brincávamos de bandeirinha Era pura correria, parecia baiseball Mas eram com galhos de árvores Achados em nosso quintal Cabra-cega, cabra-cega! E aquela que dava encrenca E desembestava a gritaria Essa pergunta não vale, diziam Era a berlinda, o personagem do dia Criança feliz/ Quebrou o Nariz/ Foi para o Hospital/ Tomar Sonrizal/ Se eu fosse Pelé, tomava café/ Se eu fosse o Tostão/ Tirava o calção (hahahahaha!) Tempo bom, deixei lá atrás Sei que não podem voltar mais Mas valeu, brinquei demais Me formei nos seus anais "Pêra, uva, maçã ou salada mista?" Tudo era sorriso e muita pureza Havia muita grandeza, realeza Em cada gesto, em cada fato Em tudo havia beleza "O bom menino não faz pipi na cama"... Menina levada de cara pintada Largava a boneca e na árvore subia Fingia ser artista, improvisava um microfone Cantava roque, cirandas e até Rita Pavone "Datemi un martello /Che cosa ne vuoi fare/ Lo voglio dar in testa /A chi non mi va..." Brincava na chuva, pulava em poças Comia sorvete de casquinha Corria da mãe, da vara de marmelo Que dizia: Venha aqui, sua danadinha! "Capelinha de melão/ É de São João/É de cravo/ É de rosa/ É de manjericão..." E cantava com a meninada, era tudo uma alegria "Eu ontem fui a festa, na casa do Bolinha"... E todos dançavam, pulavam e torciam Pela menina de cachinhos que nem a Luluzinha "Sabiá fugiu pro terreiro/ foi cantar no abacateiro/ E a menina triste a cantar/ Vem cá Sabiá, vem cá..." Era eu, a menina cantante Andava em cima de latas com barbante Perto de minha mãe eu era um grude Mas gostava mesmo é de bola de gude "Papagaio Loiro, do bico dourado/ Leva essa cartinha/ Pro meu namorado/Se tiver dormindo, bate na porta/ Se tiver acordado/ Traz a resposta..." Soltava pipa, andava no muro Brincava de dar saltos, de anel e de roda Embalava minhas bonecas E pulava muita corda "Escravos de Jó /jogavam o caxangá /Tira, bota, deixa o Zé Pereira ficar/ Guerreiros com guerreiros /fazem zigue-zigue-zá..." Brincava de casinha E fazia comidinha Tinha que ter mantimentos E aí, atacava a cozinha "Carneirinho, carneirão neirão neirão / olhai pro céu/ olhai pro chão, pro chão, pro chão..."; Que lembranças mais legais Sinto até um contentamento Minha mãe e meu pai eram vivos Rolam imagens em meu pensamento "Fui na Espanha, buscar o meu chapéu / Ele era azul e branco da cor daquele céu / Olha a palma, palma, palma/ Olha pé, pé, pé / Olha roda, roda, roda/ Carangueijo peixe é..." O que sobrou de tudo isso Hoje é o que sou Um conjunto de valores Que o tempo não apagou "O cravo brigou com as rosa, debaixo de uma sacada/ O cravo saiu ferido/ E a rosa despedaçada..". Valores marcantes que estão dentro de mim Fixam na pele que nem ferro em brasa Aqueles que formam a pessoa, enfim Te unem de novo ao berço, aos seus pais, a sua casa Fui no Tororó, beber água e não achei / Encontrei uma morena/ Que no Tororó deixei Aproveita minha gente/ Que essa noite não é nada/ Se não dormir agora/ Dormirá de madrugada/ ... "Sozinha eu não fico, não hei de ficar/ porque tenho O RECANTO para ser meu par!
Enviado por MEG KLOPPER em 23/02/2006
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